— Agência literária.
— Oi, como vai você?
— Desculpa, não reconheci a sua voz.
— Não se preocupe, você não me conhece.
— E como você me conhece?
— Muitos autores falam bem de você.
— Ah que gostoso saber disso. Sou muito curiosa, quais falaram?
— Entre outros o José, o João e a Marcela.
— Mas esses autores saíram dessa agência. Afinal quem é você?
— Sou a outra agente. Gostaria de contratar você para trabalhar na minha agência. Vamos tomar um café?
— Nem café, nem coca e muito mesmo água de coco.
— Por que?
— Estou muito feliz aqui. E você deveria ficar muito triste com que está fazendo. Onde já se viu ligar para os outros dessa forma e com essas intenções…
— Mas posso dobrar o seu salário pelo mesmo serviço e menos horas por dia.
— Nem se triplicasse o salário. Adeus. Tenho mais o que fazer.
— Bipe, bipe e bipe
— Bem que me avisaram. O Theo, que me avisou, precisa saber disso. Nem vou contar para a agente.