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Cartas do Everest

Airton Ortiz
Editora Record
Livraria Martins Fontes

“A tormenta não cede, o mundo sopra ao meu redor. Os pés-de-vento irrompem, destronam as banquisas, lançando-as para lá e para cá sem o menor jeito; folhas outonais varridas por um jardineiro enraivecido. De nada vale a barraca se for arrancada como parte da montanha e jogada nos precipícios.(…) A ventania, sorrateira como chegou, se vai; o vazio absoluto retorna. Em seguida o vento estoura de novo. Sinto a geleira se desagregar, o mundo se esboroa aos poucos. Nada mais me espera a não ser o ar vaporoso me engolfando. As tragédias foram repentinas, não tivemos como evitar. Basta fechar os olhos e tudo vem à lembrança, como se estivesse acontecendo novamente. Vão morrer comigo bem vivas.”

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