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Computador da Apple vira agente literário

por Marijô Zilveti para o Caderno de Informática da Folha de S. Paulo, 18 de janeiro de 1995

Desde agosto de 94, um Macintosh Plus (um dos primeiros modelos da linha apple) trocou de atividade. Deixou seus afazeres de editoração eletrônica para se aliar a uma profissão pouco conhecida no país: agente literária.

Com esse computador, Marisa Moura deu início a um trabalho, sonhado desde que começou a fazer mestrado em marketing cultural, há três anos. Teve a idéia de usar um Mac para digitalizar livros de agenciados e levá-los a editoras interessadas em publicá-los.

Como seu Mac tinha memória RAM insuficiente para agüentar tantas obras, Marisa partiu para um Power Macintosh, mais robusto, e deixou seu velho Mac para receber e enviar mensagens de fax.

Cores

Outras ferramentas que a agente literária não dispensa são scanner de mesa colorido e uma impressora jato de tinta. Os três equipamentos são seu “braço direito”.

Inicialmente, Marisa digitaliza livros com o scanner para preparar textos e enviá-los para a editora.

Caso o projeto de edição do livro seja aceito, a agente se encarrega de levar à editora o livro em disquete. Tudo porque no Mac os arquivos ocupam pouco espaço.

Um livro infantil como A Princesa Raga-Si, de José Arrabal, ocupa 9 kbytes. Romance infanto-juvenil de Romilda Raeder¹, por exemplo, tem 100 páginas, que viram 140 kbytes em um disquete de 3,5 polegadas.

A idéia de usar um scanner é antiga. Foi pensada para organizar um , com artigos, currículo e textos inéditos. Os tradicionais agentes literários ainda carregam os livros de seus agenciados debaixo do braço.

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