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O Jovem JK

O Jovem JK
Roniwalter Jatobá
Editora Nova Alexandria
Estante Virtual

 

— Torre de Brasília, aqui é o Bonanza V-35, prefixo PT BDZ. Repito: Bonanza, prefixo Papa, Tango, Bravo, Delta, Zulu. Câmbio!

— Bonanza, diga o que o quer.

— Estou com um problema e solicito permissão para pousar.

É uma manhã de segunda-feira de sol, 20 de outubro de 1972. O avião monomotor Bonanza sobrevoa o espaço aéreo do Estado de Goiás, rumo a cidade de Anápolis. De repente, o experiente piloto João Milton Prates, ex-militar da herói da FAB – Força Aérea Brasileira, percebe que há um pequeno vazamento de óleo no motor. Embora estivesse próximo ao seu destino, Prates não quer de modo algum colocar em risco a vida de seu ilustre passageiro: o ex-presidente da República Juscelino Kubitschek de Oliveira.

O vasto horizonte do Planalto Central brilha, céu sem nuvens, numa tonalidade azulada. O piloto já inicia a manobra para tomar o caminho do Aeroporto de Brasília, quando soa uma voz metálica no rádio do pequeno avião.

— Bonanza, responda: o senhor Juscelino Kubitschek encontra-se na aeronave? – indaga o controlador de vôo.

— Sim – responde o piloto. – O doutor Juscelino Kubitschek, ex-presidente do Brasil, encontra-se na aeronave. E estamos com vazamento de óleo no motor e correndo perigo. Solicito permissão para pousar.

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