E toca o telefone
— Agência literária. — Oi, como vai você? — Bem e você? — Estou bem sim, produzindo muito. Tenho conseguido escrever três horas por dia.
— Agência literária. — Oi, como vai você? — Bem e você? — Estou bem sim, produzindo muito. Tenho conseguido escrever três horas por dia.
— Agência literária. — Ela está? — Ah, é o senhor. Que bom. Sua orelha não está doendo, não? Foi um horror o que seu
— Oi. Por que você está falando tão baixo? — A agente está lendo. — Oba. Vai sair meu contrato hoje. — Não sei não…
— Você ligou para Agência Literária. Estamos na Bienal do Livro de São Paulo, mas deixe seu recado. — Sou escritora inédita. Que bom que
— Agência Literária. — Preciso muito da sua ajuda. — Manda. Como está? Tudo bem com seus livros? — Sim. Já estou com dois títulos
— Agência literária. — Você viu? — O que? — A prestação de contas que chegou! — Dos seus livros? — Lógico que dos meus
— Agência Literária. — Que saudades de você, quanto tempo não falo com você. — É mesmo, você sumiu. Como está? Escrevendo muito? — Nem
— Agência literária. — Estava torcendo que fosse você. Tudo bem? — Tudo e com o senhor? — Bem, mas aflito. Uma felicidade angustiante. —
— Agência literária. — Oi, como vai você? — Desculpa, não reconheci a sua voz. — Não se preocupe, você não me conhece. — E
— Alô. — Oi. Ainda bem que você atendeu. Estou tão nervoso. — Por que? São apenas 9 horas da manhã. Tem um dia inteiro
(…) — Não posso acreditar nisso! — disse Alice
— Não pode? — disse a Rainha com tom de voz penalizado. — Tente outra vez: respire profundamente e feche os olhos.
Alice riu. — Não adianta fazer isso – disse ela – ninguém pode acreditar em coisas impossíveis.
— Eu diria que você nunca praticou bastante. — disse a Rainha. — Quanto eu tinha a sua idade praticava sempre meia hora por dia. Às vezes me acontecia acreditar em seis coisas impossíveis antes do café da manhã. (…)
Através do Espelho e o que Alice encontrou lá de Lewis Carrol. Tradução de Sebastião Uchoa Leite.
(…) ‘I can’t believe THAT!’ said Alice.
‘Can’t you?’ the Queen said in a pitying tone. ‘Try again: draw a long breath, and shut your eyes.’
Alice laughed. ‘There’s no use trying,’ she said: ‘one CAN’T believe impossible things.’
‘I daresay you haven’t had much practice,’ said the Queen. ‘When I was your age, I always did it for half-an-hour a day. Why, sometimes I’ve believed as many as six impossible things before breakfast.” (…)
Through the looking-Glass by Lewis Carrol. Produced by David Widger
(…) — Não posso acreditar nisso! — disse Alice
— Não pode? — disse a Rainha com tom de voz penalizado. — Tente outra vez: respire profundamente e feche os olhos.
Alice riu. — Não adianta fazer isso – disse ela – ninguém pode acreditar em coisas impossíveis.
— Eu diria que você nunca praticou bastante. — disse a Rainha. — Quanto eu tinha a sua idade praticava sempre meia hora por dia. Às vezes me acontecia acreditar em seis coisas impossíveis antes do café da manhã. (…)
Através do Espelho e o que Alice encontrou lá de Lewis Carrol. Tradução de Sebastião Uchoa Leite.
(…) ‘I can’t believe THAT!’ said Alice.
‘Can’t you?’ the Queen said in a pitying tone. ‘Try again: draw a long breath, and shut your eyes.’
Alice laughed. ‘There’s no use trying,’ she said: ‘one CAN’T believe impossible things.’
‘I daresay you haven’t had much practice,’ said the Queen. ‘When I was your age, I always did it for half-an-hour a day. Why, sometimes I’ve believed as many as six impossible things before breakfast.” (…)
Through the looking-Glass by Lewis Carrol. Produced by David Widger
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